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Temporada 2024  e 2023

Cantiga Moura: Arabi Gita

Cantiga Moura: Arabi Gita

“Este projeto foi contemplado pela 33ª Edição do Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura”.

 

APRESENTAÇÃO

A grafia do corpo é um tipo de memória elíptica que em seu giro, toca sempre pontos diferentes da infinita curva espiral. Através dos tempos, das migrações forçadas ou escolhidas, o corpo escreve aquilo que está para além da palavra escrita: as cosmovisões e suas ancestralidades de nascença (parentesco), de pertença (território) e do desejo (pessoal). O corpo funda territórios concretos da experiência ancestral tríplice, chamados de tradição e, através delas, os corpos experimentam a imersão em comunidades imaginárias, espaços de afeto, resistência, luta e de invenção da experiência compartilhada no mundo. O corpo é uma língua que não cai no esquecimento e que se agita no encontro das diferentes gramáticas, produzindo faíscas e luminescências inesperadas em forma de corporeidades capazes de reencantar, outra vez, o mundo (Irani Cippiciani, diretora artística do Núcleo Prema).

 

‘CANTIGA MOURA – ARABI GITA (Uma fábula indobrasileira)', contemplado pela 33ª Edição do Programa de Fomento à Dança para Cidade de São Paulo,  é uma proposta inédita e inovadora de diálogo entre as formas de dança-teatro indianas e a cultura popular brasileira em suas múltiplas dimensões, absorvendo não apenas aspectos temáticos, mas todo o conjunto de elementos estéticos, poéticos, ritualísticos, corporais, imagéticos, sonoros e linguísticos que caracterizam nossa cultura, em busca de novas poéticas e dramaturgias da cena que, por sua natureza transdisciplinar e intercultural, nos levam a fundar outras corporeidades, territórios de experimentação e ancestralidades compartilhadas.

 O espetáculo se propõe a fazer isso através da utilização de uma estrutura de criação e composição cênica chamada Abhinaya, que consiste em utilizar o corpo, as expressões faciais e os gestos de mão codificados para contar histórias. A essa técnica, se une o ‘proceder’ único de diferentes manifestações culturais brasileiras, como o Bumba-meu-Boi e o Lelê maranhense, o Cavalo Marinho e o Caboclinho pernambucano e o Congado mineiro, de também contar histórias através de autos, folias, festas, cordões e procissões, onde o sincretismo opera como eixo catalisador das experiências entre o sagrado e o profano.

 Nessa Cantiga o teatro, a dança e a música formam um todo indissociável.  De tal modo imbricadas que não há como compartimentar a experiência como uma coisa ou outra. Aqui o teatro é dança e a dança é teatro, costurados por uma trilha sonora original construída entre Brasil e Índia.

 

 PROPOSTA DE MONTAGEM

 HISTÓRICO DA PESQUISA

 O NÚCLEO PREMA nasceu em 2007 como uma escola de danças indianas. Em 2009, ele se tornou um grupo de pesquisa e apenas em 2013 uma companhia de dança, com um propósito definido. Como dançarina eu me questionava sobre a pertinência de praticar dança indiana no Brasil. Aos poucos, percebi que o que mais me interessava nessa técnica era seu imenso potencial expressivo-narrativo. Através do ABHINAYA, habilidade de contar histórias através do corpo, do gesto, das expressões faciais codificados, numa íntima e profunda relação entre palavra, som, ritmo, cor e beleza da forma, encontrei um caminho de aproximação entre nós (Brasil) e eles (Índia).

 Neste mesmo ano nasceu a proposta de criar uma trilogia cênica unindo a dança indiana e a cultura brasileira, intitulada ‘PADAM: à procura de um corpo narrativo’. Logo de cara, me deparei com a primeira questão a ser problematizada pelo projeto: num país de dimensões continentais como o nosso, formado pelo amálgama de matrizes culturais tão diversas, o que poderíamos chamar de ‘nossas histórias’ ou ‘cultura brasileira’? Então encontrei meu mestre inspirador, referência máxima desta pesquisa, Darcy Ribeiro e seu tripé de formação do povo brasileiro. A Índia tinha finalmente encontrado o Brasil generoso e ainda por ser feito de Darcy.

 

DANÇAS BRASILEIRAS E DANÇAS INDIANAS:

ANCESTRALIDADES DE NASCENÇA, PERTENÇA E DESEJO,

QUE TERRITÓRIOS NOSSOS PASSOS FUNDAM?

 

O encontro com a cultura popular brasileira, através de suas manifestações cênicas, se dá em três níveis distintos, nesse projeto:

 

 1) HISTÓRICO-POLÍTICO: Esse projeto de montagem nasceu fortemente vinculado a uma ideia de brasilidade, apresentada por Darcy Ribeiro, que é tríplice: ameríndia, africana e européia. Partir desse pressuposto é, antes de tudo, um ato político porque reforça a necessidade de valorizar nossa herança cultural em todas as suas dimensões, origens e contornos, não desconsiderando os processos violentos de colonização que deram origem a essa profunda mestiçagem cultural. Em tempos de grande conservadorismo e desrespeito às culturas e povos originários, mais do que nunca, é relevante retomar esse princípio que aproxima a Dança, como campo do saber, aos Direitos Humanos. No caso específico desta montagem, celebramos nossa herança ibérica que, em termos culturais, é profundamente marcada pela cristandade e pela influência otomana (árabe), mas que, em terras brasileiras, se funde ao imaginário ameríndio e africano, produzindo manifestações culturais híbridas e, exatamente por isso, únicas. Elas não são uma invenção europeia, mas uma construção genuinamente brasileira. É, portanto, um projeto que exala um pensamento diaspórico, transitando num espaço que é estético, mas também político e intercultural. A afirmação de uma identidade cultural híbrida em tempos de negação dessas multiplicidades de ser é, atualmente, uma tarefa de suma importância para os artistas da cena. Melhor ainda se essa construção crítico-estética puder ser feita em um espetáculo que trata, justamente, da cristandade, desconstruindo uma ideia de dominância e valorizando um pensamento dialógico e sincrético que avança para o Oriente. Trazer esse corpo brasileiro mestiçado para junto da dança indiana é apenas uma outra forma de afirmar essa multiplicidade que caracteriza nossa cultura, considerando também os processos imigratórios tardios da Ásia para o Brasil e suas as contribuições para nossa cultura a partir do século XX.

 

2) ESTRUTURAL: Assim como nas danças indianas, observa-se em muitas manifestações populares brasileiras, uma tendência à dramatização. Ou seja, a narração de histórias interpretadas, cantadas e dançadas. Há, portanto, um elemento estrutural comum a aproximar as danças indianas dos folguedos brasileiros: o gosto pela dança-dramática, que constitui um gênero específico a transitar entre o teatro e a dança, tanto aqui, como lá, dando um nó, nos teóricos mais ortodoxos, que insistem em defender a taxonomia teatral (europeia) que divide em caixinhas bem definidas o que é teatro e o que é dança. Tanto no Brasil como na Índia, esses contornos se borram, se atravessam e essa transversalidade produz poéticas próprias que não podem ser tratadas como menores ou subalternas ao, dito, Teatro, com “T” maiúsculo. É certo que elas têm contornos muito diferentes no Brasil e na Índia e é, justamente, pela contraposição dessas estéticas que se poderá encontrar zonas de aproximação e diferenciação, tencionando, como ímãs, a composição cênica. A proposta é justamente essa: criar campos magnéticos, pólos de atração e repulsa, garantindo que o resultado não se torne uma aglutinação de formas sem definição. Esse é o aspecto estruturante que dá início a esse processo de aproximação e troca cultural, avançando para níveis mais profundos de diálogo e elaboração cênica.

 

3) ESTÉTICO-CORPORAL: Antes de dizer o que a pesquisa almeja, preciso dizer aquilo que ela descarta terminantemente: produzir uma estética cênica exótica, alimentada pelo imaginário orientalista europeu do que seja a Índia e, tão pouco, reforçar certa ideia turística de brasilidade que, quando muito, serve apenas para colocar a cultura popular e seus fazedores num papel de subalternidade histórica, em relação a cultura, dita, dominante. Exatamente por essa razão, a aproximação com a estética e a corporeidade das danças brasileiras deverá se estabelecer pelo parâmetro da sutileza e não pela cópia pura e simples das vestimentas, adereços e gestualidades. O encanto, nesse caso, precisa vir da sugestão. Serão cores em suaves pinceladas, que podem aparecer ora na composição musical, ora num adereço, ora numa vestimenta e ora no corpo, não necessariamente em simultaneidade, para não gerar excesso de informação na cena e certa “bagunça” estilística. E também porque há a opção clara de utilizar a técnica do Abhinaya indiano como agulha por onde passarão os fios que tecem este espetáculo. Sem isso, abre-se um campo imenso de experimentações intermináveis, sempre sob a iminência de produzirem uma resultante caótica e idiossincrática, de onde nasce a necessidade de criar um ponto para onde devam convergir e conversar.

 

IMAGINÁRIO  VISUAL:

TEMPO E MEMÓRIA,

UM PALIMPSESTO DE TRAMAS CULTURAIS

 “Palimpsesto” é uma palavra de origem grega que significa “aquilo que se raspa para escrever de novo”. Exemplos antigos remetem a placas de argila com ceras, pergaminhos e papiros que foram constantemente apagados, mas que mostravam em suas superfícies marcas de conteúdos anteriores.

 De imediato temos as duas camadas de memória amalgamadas pela história que será contada no espetáculo: o ocidente cristão e o oriente islâmico. Porém, como a poética do espetáculo envolve o diálogo da cultura indiana com a cultura brasileira, as Índias e as Áfricas completam o entrecruzar de memórias e culturas que se farão surgir por meio da Arte.

 Os objetos culturais escolhidos para metaforizar as camadas entrecruzadas de memórias entre essas culturas foram o tecido e o traje. O algodão indiano (conhecido como chita), os panos da costa africanos e as rendas europeias estão entre os elementos que mais penetraram os continentes se infiltrando nos costumes, na moda, nos rituais religiosos e na economia. Turbantes, calçolas, saias, xales, mantilhas e véus, joias, sapatos, guarda-sóis e estampas complementam um imenso acervo inspirador de trocas culturais entre as quatro matrizes de referência.

 

PARAGENS MUSICAIS:

UMA ROTA SONORA-AFETIVA ENTRE BRASIL E ÍNDIA

 Os Padams, itens expressivos da dança indiana, onde o Abhinaya se desenvolve são poemas narrativos musicados. Desse modo, cabe a música contar a história, criar seus tempos, silêncios, cadências; desenvolver certa linearidade narrativa (quando se deseja isso); criar as tônicas emocionais e pontuar, contornar, negar ou emoldurar os movimentos, as gestualidades dos dançarinos. Por tudo isso, a pesquisa musical para este espetáculo é tão importante quanto a pesquisa corporal e gestual, porque há uma interdependência clara entre eles. A narrativa, neste caso, é musical, mas a sonoridade precisa estar intimamente vinculada a construção dos movimentos corporais que se alternam entre movimentos rítmicos (abstratos) e narrativos.

 A trilha sonora original vem sendo composta, desde 2016, em etapas, porque o trabalho todo é grandioso e envolve uma equipe de músicos indianos e uma equipe de músicos brasileiros. A primeira etapa já foi realizada na Índia em 2016, em parceria com os músicos da Triveni School of Dances. A segunda etapa consistiu, justamente, na gravação das demais partes da trilha sonora, contando com a participação de músicos brasileiros convidados por nosso diretor musical, segundo as necessidades que a própria dramaturgia do espetáculo for nos apresentando.

 

FICHA TÉCNICA 

Direção de Cena e Iluminação: Edilson Castanheira

Direção Musical: Leandro Medina

Cenografia, Figurinos e Adereços: Betania Dias Galas

Dramaturgia: Irani Cippiciani

Coreógrafas: Irani Cippiciani e Maya Vinayan

Coreógrafos Convidados: Andrea Soares e Tião Carvalho

Treinamento em Abhinaya: Irani Cippiciani

Preparadora corporal em Danças Brasileiras: Andrea Soares

Assessoria Bumba-Meu-Boi: Tião Carvalho/Grupo Cupuaçu

 

Músicos Brasileiros: 

Percussionista: Cesar Azevedo

Cantora: Fernanda de Paula

Percussionista e Cantor: Leandro Medina 

Multi Instrumentista: Luan Frenk

                 

Músicos Indianos: 

Nattuvangam: Maya Vinayan

Cantora: Vishalakshi Nityanand

Mridangam: K. S. Sudhama 

Flauta: S. Sunil Kumar

Veena: Moodikondam Ramesh

Gravação, Mixagem e Masterização: Gabriel Spazziani / Estúdio Casa da Lua

Dança Atrizes: Cassiana Rodrigues

                          Cintia Kawahara

                          Irani Cippiciani

                          Krishna Sharana

                          Rosana Araujo

Produtora Executiva: Gleiziane Pinheiro

Produtor Associado: Edilson Walney

Assessoria de Comunicação: Nossa Senhora da Pauta

Designer Gráfico: Júlia Schettini

Orè Yèyè O Oxum Tarangam

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Orè Yèyè O Oxum Tarangam

O Espaço Caldeirão começa um novo ciclo. Mudamos de endereço, levamos um tempo para colocar a casa em ordem e agora estamos ansiosos para fazer a roda girar, trazendo gente nova para nossa casa e renovando as energias. A partir de março, passamos a oferecer uma série de cursos permanentes: tem teatro para crianças, jovens e adultos, tem yoga, dança do ventre e diversas modalidades de danças indianas. Além dos cursos, estamos nos propondo a fazer um evento mensal, como apresentações, aulas abertas, palestras, cineminha etc.... Este é apenas o primeiro deles e conta com uma aula aberta de Dança do Ventre e uma apresentação do espetáculo 'Orè Yéyè O, Oxum Tarangam'. A programação foi escolhida com muito cuidado por dois motivos: primeiro para celebrar o Dia Internacional da Mulher, colocando em evidência pautas que valorizam o universo feminino, por óticas variadas: através da dança do ventre, da dança indiana, da mitologia afro-brasileira, conduzidas por duas mulheres: Stephanie Krebs e Irani Cippiciani e segundo (também importante...rs!) porque celebra nossos aniversários! Sim, duas piscianas criativas e empoderadas que aniversariam nos dias 09 e 11 de março, respectivamente. Portanto, você precisa vir celebrar com a gente de um jeito ou de outro. Celebrar o Caldeirão, celebrar a Arte, a Dança, a Vida e o Tempo! De quebra, teremos uns quitutes saborosos produzidos pela Beatriz Scatralhe e a produção amorosa da equipe, formada ainda por: Edilson Castanheira, Cassiana Rodrigues e Patrícia Souza (além de Ana Clara e Ninoca!). Tudo isto posto, como não vir???? Não tem jeito, sua presença é imprescindível! E como os tempos estão difíceis para todos nós, estamos estabelecendo uma colaboração voluntária ao invés de um valor único, fechado. Assim, cada um colabora com o que pode e a gente vai levando o barco com calma e tranquilidade sem deixar a peteca cair. É isso, o convite está feito! Venha, convide seus amigos, familiares. Participe do workshop de dança do ventre com a Ste, saboreie os quitutes da Bia e assista o espetáculo com a Irani. Depois a gente festeja a vida e a alegria de estar junto!!!! Todos são bem vindos. Nos ajude a compartilhar!

Pétalas, recortes do feminino

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Pétalas, recortes do feminino
Vandanam Te

Vandanam Te: Oferecemos nossas preces a você

Na Índia existe uma expressão comumente repetida pelos bailarinos que diz: “Nós somos apenas o veículo, quem dança é Deus”. Nesta simples frase está contida uma das verdades mais significativas acerca das Danças Clássicas Indianas: seu profundo sentido de Religiosidade e Devoção.

Através dos milhares de anos e de todas as mudanças sofridas na Índia e na própria Arte da Dança, essas duas coisas, Devoção e Religiosidade, ainda continuam a existir como dois fortes pilares que sustentam estas tradições milenares e desenham sua história dentro e fora da Índia, até chegar aos dias de hoje.

Até chegar aqui, no Brasil, onde um número cada vez maior de adeptos se aventura a estudar e praticar essas formas de dança ainda que seu universo cultural seja tão distante do nosso. O que motiva essas pessoas? Dentre muitas possibilidades de resposta, podemos destacar uma: o profundo sentido ritualístico que existe nessas danças e que pode ser captado por qualquer ser humano sensível, independentemente de sua cultura ou língua.

Este espetáculo se propõe a refletir esse universo trazendo aos palcos o que há de mais representativo no Estilo de Dança Clássica Indiana conhecido como Bharatanatyam, revelando toda sua dimensão poética, estética, filosófica e ritual.

VANDANAM  TE  é um espetáculo que, através da arte da dança, busca  resgatar  nossa  conexão  com  esferas  mais  sensíveis  e  sutis  da existência humana. Algo que nos relembre nossa essência comum e imutável, e nos sirva de farol e acalento em tempos tão duros e sombrios. É também uma homenagem singela ao próprio artista, o poeta que, ao longo dos tempos, auxilia no processo de depuração da alma humana com seu trabalho diligente. O ponto forte deste espetáculo é sua costura coletiva, feita por muitas miçangas ligadas pelo fio invisível do amor e dedicação a esta forma milenar de arte. As coreografias unidas por narrações e pequenas passagens teatrais formam um todo indivisível, como um intrincado bordado que, de modo gradativo e delicado, vai ganhando vida e revelando significados e belezas inesperadas que culminam numa grande revelação:

O espetáculo conta com uma abertura ou ‘Vandanam’ composta por uma coreografia-oração cantada ao vivo e seguida de três danças coletivas saudando as divindades, os mestres de todas as tradições e linhagens e toda a humanidade. Segue-se então uma série de solos, duos e trios onde todos os aspectos técnicos-expressivos do estilo podem ser apreciados, bem como a interpretação e o estilo de cada bailarino individualmente, a importância de cada miçanga para a forma perfeita do colar... Todas as coreografias são precedidas de pequenas narrações e pantomimas que vão dando vida à trama do colar, seus padrões e desenhos. Ao final, o conjunto volta a se formar revelando a delicadeza do colar acabado, a contribuição de cada artista na construção deste todo poético. O grupo apresenta então o item de encerramento do espetáculo ou ‘Mangalam’, seguido de um agradecimento de tirar o fôlego, dançado em alta velocidade, sobre uma Tala (sílabas cantadas que marcam o ritmo) muito complexa e vibrante. O colar agora pode ser inteiramente apreciado, unido pelo esforço dos artistas e o olhar sensível da audiência.

 

 

O   BHARATANATYAM   é originário de Tamil Nadu, no sul da Índia e é caracterizado por movimentos geométricos, vigorosos e simétricos; construídos sobre uma tala (padrão rítmico executado pelos pés) muito complexa e precisa. É uma dança vibrante e sóbria que encanta justamente por sua altivez, mesclando elementos de dança abstrata e expressiva, para criar uma combinação perfeita entre dança, teatro, literatura e música.

Espetáculo: Vandanam Te – Oferecemos nossas preces a você

Com: Núcleo Prema

Direção: Irani Cippiciani

Operação de Luz e Som: Edilson Castanheira  
Bailarinos:  Barbara Vale, Irani Cippiciani, Laís Schalch, Mariana Cordeiro, Rafael Lemos

Estilo: Dança Clássica Indiana (Bharatanatyam)  
Duração: 60 min.
Faixa-Etária: livre

Workshop: Introdução o Bharatanatyam

Proposta de Workshop
Introdução ao Bharatanatyam

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O BHARATHANATYAM é originário do estado de Tamil Nadu, no sul da Índia, e existe há mais de 3.000 mil anos. Esta forma de dança nasceu dentro dos templos e era realizada pelas “Devadasis” ou servas de Deus, em cerimônias e rituais religiosos. É considerando um dos estilos de dança indiana mais antigos e muito apreciado dentro e fora da Índia. Este estilo é caracterizado por movimentos geométricos, vigorosos e simétricos; construídos sobre uma tala (padrão rítmico executado pelos pés) muito complexa e precisa. O Bharatanatyam é uma dança vibrante e sóbria que encanta justamente por sua altivez. Assim como em todos os estilos clássicos, o Bharathanatyam também mescla elementos de dança abstrata e expressiva (hastas: gestos de mão e Abhinayas: expressões faciais), criando uma combinação perfeita entre dança, teatro, poesia e música.

Esta oficina se propõe a transmitir aos seus participantes os fundamentos do estilo BHARATANATYAM. O treinamento consiste em 5 aspectos que deverão ser abordados durante o período de realização do projeto, não necessariamente na ordem descrita abaixo. São eles:

Adavus: elemento técnico da dança que compreende o treinamento dos movimentos e posturas característicos do estilo.

Talas: elemento rítmico da dança caracterizado pela repetição de sílabas enquanto se executam os movimentos.

Hastas: estudo da linguagem gestual codificada que acompanha a execução dos movimentos e que tem especial relevância nas danças dramáticas, onde a bailarina conta uma história.

Abhinayas: estudo das expressões faciais dentro da dança indiana e do estilo especificamente.

Mitologia Hindu: contextualização da dança dentro da cultura hindu.

Coreografia: criação de uma coreografia onde todos os elementos técnicos aprendidos em aula poderão ser utilizados.

DURAÇÃO: 1 encontro com 2 horas de duração.

· Nº DE VAGAS: 20 a 25 pessoas, a depender do tamanho do espaço de aula.

· PÚBLICO-ALVO: pessoas a partir de 12 anos.

Apresetações

Apresentações

• 25/06/2020 – “Conto que se dança, ou dança que se conta?” – Casa de Cultura do

Butantã (#CulturaPresente)

• 09/10/2019 – Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ – Sesc Rio Preto

• 08/06/2019 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ – I Mostra Viva de

Solos/Piracicaba

• 23/06/2018 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Vila Mariana

• 10/03/2018 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Espaço Caldeirão

• 04/03/2018 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Thermas Prudente

• 30/03/2017 – Espetáculo ‘Vandanam Te’ no Sesc São Carlos

• 18 e 19/12/2016 – Espetáculo ‘Vandanam Te’ no Teatro Commune

• 27/08/2016 - Espetáculo ‘Vandanam Te’ no Sesc Santo Amaro

• 01/10/2016 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Interlagos

• 27/08/2016 – Espetáculo ‘Vandanam Te’ no Sesc Santo Amaro

• 11/03/2016 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc São Caetano

• 27/02/2016 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Taubaté

• 07/11/2015 – Espetáculo “Deepavali: as Lamparinas de Laksmi’ no Espaço Caldeirão

• 22/08/2015 – Espetáculo ‘Orè Yéyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Piracicaba

• 08/08/2015 – Espetáculo ‘Vandanam Te’ no Sesc Santo Amaro

• 21/06/2015 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Bom Retiro (Virada

Cultural)

• 20/06/2015 – Espetáculo ‘Vandanam Te’ no Sesc Bom Retiro (Virada Cultural)

• 17, 18 e 19/04/2015 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no CRDSP

• 25/10/2014 – Diwali: Festival das Luzes – Espaço Caldeirão

• 20/10/2014 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Indian Cultural Centre em

comemoração ao Dia da Consciência Negra

• 16/10/2014 – Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Santos

• 22/08/2014 – Espetáculo ‘Vandanan Te’ – CEU Uirapuru (9a Mostra de Cultura do

Butantã)

• 14, 21 e 28/02/2014 – Apresentação de Dança Indiana Moderna – Sesc Carmo

• 01/11/2013 - Espetáculo ‘Orè Yèyè O, Oxum Tarangam’ no Sesc Campinas

• 25/05/2013 – Espetáculo “Orè Yèyè O, Oxum Tarangam”, estreia nacional, no Espaço

Cultural Caldeirão

• 22/03/2013 – Estreia internacional do espetáculo “Orè Yèyè O, Oxum Tarangam”, em

Chennai/Índia, no “Chandralekha ́s Spaces”.

• 03/02/2013 – Apresentação de Kuchipudi no Templo Adhi Kesava Perumal Kovil,

Chennai/Índia

• Jan a Març/2013 –Co-produção de um espetáculo de dança indiana junto a Triveni

School of Classical Dances, Chennai/Índia, com apoio do Ministério da Cultura Brasileiro

 

 

EVENTOS 2023-2015:

 

MAIO/23 - Workshop Dança-Teatro Indiano (Abhinaya), atividade de contrapartida do projeto de montagem 'Cantiga Moura - Arabi Gita (uma fábula indobrasileira)',

OUTUBRO/17 - Organização de Workshops e Palestra com a mestra indiana Maya Vinayan no Espaço Caldeirão em parceria com a Unicamp e a Ufal.

MAIO/15 – Organização de Workshops e Apresentações com a mestra indiana Maya Vinayan no Espaço Caldeirão e Instituto de Artes, parceria entre o Núcleo Prema e a Unicamp.

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